
Os triglicerídeos são um tipo de gordura presente no sangue, essencial para fornecer energia ao organismo. No entanto, quando estão em excesso, podem representar um risco significativo à saúde, principalmente ao coração e aos vasos sanguíneos.
Eles são formados a partir do consumo de calorias em excesso, especialmente açúcares e gorduras que o corpo armazena para ser usado como fonte de energia futura. Embora sejam importantes para o funcionamento do organismo, níveis muito altos podem favorecer o acúmulo de placas de gordura nas artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Por que triglicerídeos altos são perigosos?
Níveis elevados de triglicerídeos podem causar diversas complicações, entre elas:
• Aumento do risco de aterosclerose (endurecimento das artérias)
• Infarto do miocárdio
• Acidente vascular cerebral (AVC)
• Pancreatite (inflamação do pâncreas, em casos mais graves)
• Síndrome metabólica (associada a diabetes, hipertensão e obesidade)
A presença de triglicerídeos altos normalmente não apresenta sintomas, o que torna o diagnóstico por meio de exames ainda mais importante.
Como diagnosticar triglicerídeos altos?
O exame laboratorial chamado perfil lipídico ou painel de lipídios é o principal teste para avaliar os níveis de triglicerídeos no sangue. Ele geralmente é feito com uma amostra de sangue, muitas vezes com jejum de 8 a 12 horas, dependendo da orientação médica.
Valores de referência para triglicerídeos (em jejum):
- Normal: abaixo de 150 mg/dL
- Limítrofe: entre 150 e 199 mg/dL
- Alto: entre 200 e 499 mg/dL
- Muito alto: acima de 500 mg/dL
Além dos triglicerídeos, esse exame também mede o colesterol total, HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim), o que ajuda a avaliar o risco cardiovascular de forma mais ampla.
Como tratar e reduzir os triglicerídeos?
O tratamento depende do grau de elevação e dos fatores de risco individuais, mas geralmente envolve mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, uso de medicamentos. As principais recomendações incluem:
1. Adotar uma alimentação saudável
- Reduzir o consumo de açúcares simples e alimentos ultraprocessados
- Evitar frituras e gorduras saturadas
- Aumentar o consumo de fibras, frutas, verduras e grãos integrais
- Controlar o consumo de bebidas alcoólicas
2. Praticar atividade física regularmente
A prática de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, bicicleta ou natação, ajuda a diminuir os triglicerídeos e melhorar o perfil lipídico.
3. Controlar o peso corporal
A perda de peso, mesmo que moderada, pode impactar positivamente os níveis de triglicerídeos.
4. Evitar o consumo excessivo de álcool
O álcool, mesmo em pequenas quantidades, pode elevar significativamente os triglicerídeos em algumas pessoas.
5. Uso de medicamentos
Em casos mais graves ou quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o médico pode prescrever medicamentos como fibratos, ômega-3 de alta concentração ou estatinas, dependendo da condição do paciente.
A importância do acompanhamento médico
Manter os exames laboratoriais em dia é fundamental para identificar alterações precocemente e prevenir complicações maiores. Pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade ou hipertensão devem estar ainda mais atentas aos níveis de triglicerídeos e colesterol.
Se faz tempo que você não realiza exames, aproveite para agendar uma avaliação e cuidar da sua saúde de forma preventiva.